sexta-feira, 4 de maio de 2007

Zona de conforto



Sair desta zona promove sensações que desconhecemos, que estão presentes dentro de nós, adormecidos. Mas, através do outro, que aponta e provoca, faz surgir ações belíssimas na vida e no teatro. Na primeira, as ações refletem no comportamento do indivíduo e na segunda, o indivíduo-ator na encenação.

É sempre assim que surgem essas ações, sob provocação e/ou orientação do outro?

Na vida, algumas pessoas dirão que sim e outros não, no teatro mesmo através de quaisquer interferências, o fundamental durante a encenação é percebermos quais foram os meios utilizados, e importante, permitir-se para chegarmos na ação desejada e sua qualidade. À medida que deixamos sair essas sensações, passamos a conhecê-la, mas não conseguimos denominá-las, e nos conhecemos um pouco mais. Prazer e satisfação...

Mas será que nos permitimos? Será que queremos sair dessa zona de conforto?

Erika Teixeira

quarta-feira, 25 de abril de 2007

EXPLORAÇÃO INFANTIL NA ESCOLA

Esse fato aconteceu na Itália, país desenvolvido, berço das artes, valorizados por nós brasileiros, porém ética não tem nacionalidade.

O ser humano é sempre ser humano independente de ser primeiro mundo.

É UMA QUESTÃO DE ÍNDOLE!

Como pode educadores formar quadrilhas com esquemas pensados para molestar crianças, seus próprios alunos?



Sexo, crianças e fitas de vídeo

Professores de escola são acusados de abusar sexualmente de crianças de entre 3 e 10 anos e filmar cenas

Uma mistura de decepção e revolta tomou conta da cidade de Rignano Flaminio, vizinha de Roma (Itália). A polícia anunciou ontem a prisão de seis pessoas - incluindo três professoras - acusadas de ter drogado e abusado sexualmente de um grupo de alunos e alunas, de entre 3 e 10 anos de idade, durante o horário escolar. Os abusos chegaram a ser filmados pelos criminosos. Pelo menos quatro famílias levaram os filhos ao médico. Todas as crianças apresentaram ferimentos nos órgãos genitais.

A polícia italiana revelou que a investigação sobre o crime durou cerca de um ano, após denúncias de alguns pais que notaram que seus filhos chegavam em casa confusos, com pequenas lesões nos órgãos genitais e fazendo desenhos impróprios para suas idades. Um número não revelado de crianças foi levado ao médico. Todos apresentaram sinais de abuso sexual.

De acordo com os investigadores, durante o horário escolar os acusados levavam um grupo de 15 crianças, em microônibus, a um imóvel de uma das professoras. Lá, segundo a agência Efe, gravavam os abusos sexuais em fitas de vídeo e às vezes drogavam os menores.

Entre os seis presos estão as professoras Patricia Scancarello, Marisa Pucci e Silvana Magalotti. Também foram presos Gianfranco Scanrello, produtor de programas infantis de TV e marido de Patricia; a inspetora Cristina Lunerti, e um sexto suspeito não identificado, funcionário de um posto de gasolina.

Depois de ficar sabendo do caso, a população de Rignano Flaminio, cidade com 7 mil habitantes, se dividiu. Uma mãe de aluno que não quis se identificar teme que seu filho também possa ter sido vitimado na escola pelos abusos do grupo. “Caso isso tenha ocorrido, quero que todos paguem pelo que fizeram”, afirmou. Já a mãe de uma estudante menor resiste em acreditar que as professoras tenham abusado sexualmente das crianças.

‘Estamos aliviados’

“Há muitos anos tenho meus filhos na escola. Nunca houve problemas com qualquer um”, afirmou ela ao jornal La Repubblica.

A Associação de Pais de Rignano Flaminio se disse “aliviada”. “Foi colocado um ponto final no drama. No início das denúncias, alguns diziam que os pais estavam inventando a história, mentindo, e que não havia provas dos abusos”, disse uma das coordenadoras da entidade, que congrega cerca de 100 pais de alunos do colégio.
(Reportagem do Jornal Estadão)

quinta-feira, 29 de março de 2007

O que pode ser uma troca?

Parece que, escolha é algo fácil de tomar.

Pode vir da cabeça, pode surgir do sentido ou de sinais vivos, coisas de momento.

Como optar por um texto?

Como saber se uma montagem se sustentará com o tempo após a idéia inicial?

Vale mais dizer o que sua cabeça acredita que é fundamental ou mostrar ao público a questão que sua intuição sentiu crucial?

Não é o que importa para mim que é fundamental, mas o que vejo gritando na sociedade desde tempos atrás e que, apresentado ao público até mesmo em um pequeno experimento, faz os olhos se fixarem para uma imagem real e o coração espectador gritar ao presenciar um grito que o ator preferiu calar.

Funciona?

Funcionou. Isso é o que vale.

Se eu precisar dizer como Brecht, Antonin Artaud ou titio Stanislavski, direi. Se eu precisar juntar todos e alguns outros ou até mesmo meus métodos e métodos de meus atores, usarei.

O que vale é o resultado. Funcionou? Ok.

Quem avalia a qualidade de meu espetáculo?

Será algum profissional da área que estará visualizando a sua montagem na minha ou será o espectador que se entregou à cena e captou os símbolos e sensações que optamos em mostrar?

Qualquer opinião é válida para uma construção, mas opiniões que construam, ergam uma idéia que não é sua, mas do grupo.

Qualquer crítica é válida, mas respeitem o momento em que o artista vive.

Todos presenteiam com o que tem de melhor para presentear, ninguém escolhe apresentar lixo.

Todos buscam a perfeição ou verdade dentro do limite, gosto ou condição.

Assim, ficamos no aguardo das críticas e sugestões, mas não venham me dizer o que vocês fariam, ajude o artista a fazer o que ele quer, pois foi ele que sentiu a inspiração primária.

Isso vai para os críticos e estudiosos.

Para o público, atento-me a escutar ou sentir o calor ou as reações momentâneas que só o teatro pode realizar em suas apresentações que são sempre únicas.

Volto a me perguntar se funciona. Acho que sim.

E a idéia inicial, onde fica? Não sei.

Sinto que sempre precisamos mudar quando percebemos antes.

Trocar o intelecto e pontos de vistas pessoais por sentimentos e sensações que funcionaram do ator para o público que é o espelho da sociedade que vivemos agora.

Assim rola.

Assim é troca.

Assim é teatro.

É uma troca. (Alex Houf)

segunda-feira, 26 de março de 2007

Subsolo – Camada de solo imediatamente por baixo da camada visível ou arável; Parte de uma construção localizada abaixo do chão.

O nome do grupo, Teatro do Subsolo, é uma maneira de homenagear os artistas que criam sem poder se expressar. Tendo que conviver com idéias que se perdem com o tempo, ou são apenas apresentadas em momentos de esquizofrenia, ou loucura no meio da sociedade, devido a dificuldade que esses criadores solitários encontram para a execução de seu projetos. Sem distinção de qualquer forma de expressão artística, o Subsolo permite a junção de todos os estilos de profissionais de arte, com o objetivo de apresentar esta união de pesquisas e experiências utilizando o teatro como ferramenta.


A proposta é permitir que cada criador, com o apoio dos integrantes do grupo, possa trabalhar sua arte individualmente, mas em constante evolução artística devido a troca de experiências adquiridas no grupo. Com encontros para debates, trocas de vivências, ensinos, aprendizados e propostas com o intuito de concluir trabalhos coletivos de pesquisas.


Com esta inclusão de artistas e profissionais de gêneros diferentes, não existe um estilo próprio para o grupo, pelo contrário, o Subsolo não tem interesse em formar uma única linguagem, mas de aproveitar a liberdade de poder usufruir todas as maneiras possíveis para a formação de trabalhos de acordo com temas abordados e questões citadas na obra.


A liberdade de expressão consciente é o foco principal que o grupo propõe aos seus integrantes em seus projetos e em seus trabalhos sociais. O talento de crianças e marginalizados são valorizados e sempre inclusos em montagens. Assim, o Subsolo inclui inspirações e criações de todas as classes e permite que todos possas se apresentar e se aperfeiçoar junto aos integrantes. Utilizando o conhecimento de nossos artistas, com a criação de cursos, oficinas, palestras, e outras atividades de integração com pessoas carentes de arte, forma-se um espaço para trocas de vivências que ilimitam as possibilidades de criações e visão real do mundo.


Conforme citado acima a definição da palavra “subsolo”, o grupo tem, em suas obras e atividades, a função de trabalhar diversas questões da sociedade através de pesquisas, debates e montagens. Não basta apenas mostrar o que está por cima da camada visível ou arável. O Subsolo é formado por artistas e profissionais que utilizam da dança, teatro, artes plásticas, música, literatura, circo, multimídia, vida real e outras manifestações possíveis de arte para mostrar como prioridade o que está abaixo de uma construção, abaixo da terra arável, o que fica escondido dentro do subsolo.