quarta-feira, 25 de abril de 2007

EXPLORAÇÃO INFANTIL NA ESCOLA

Esse fato aconteceu na Itália, país desenvolvido, berço das artes, valorizados por nós brasileiros, porém ética não tem nacionalidade.

O ser humano é sempre ser humano independente de ser primeiro mundo.

É UMA QUESTÃO DE ÍNDOLE!

Como pode educadores formar quadrilhas com esquemas pensados para molestar crianças, seus próprios alunos?



Sexo, crianças e fitas de vídeo

Professores de escola são acusados de abusar sexualmente de crianças de entre 3 e 10 anos e filmar cenas

Uma mistura de decepção e revolta tomou conta da cidade de Rignano Flaminio, vizinha de Roma (Itália). A polícia anunciou ontem a prisão de seis pessoas - incluindo três professoras - acusadas de ter drogado e abusado sexualmente de um grupo de alunos e alunas, de entre 3 e 10 anos de idade, durante o horário escolar. Os abusos chegaram a ser filmados pelos criminosos. Pelo menos quatro famílias levaram os filhos ao médico. Todas as crianças apresentaram ferimentos nos órgãos genitais.

A polícia italiana revelou que a investigação sobre o crime durou cerca de um ano, após denúncias de alguns pais que notaram que seus filhos chegavam em casa confusos, com pequenas lesões nos órgãos genitais e fazendo desenhos impróprios para suas idades. Um número não revelado de crianças foi levado ao médico. Todos apresentaram sinais de abuso sexual.

De acordo com os investigadores, durante o horário escolar os acusados levavam um grupo de 15 crianças, em microônibus, a um imóvel de uma das professoras. Lá, segundo a agência Efe, gravavam os abusos sexuais em fitas de vídeo e às vezes drogavam os menores.

Entre os seis presos estão as professoras Patricia Scancarello, Marisa Pucci e Silvana Magalotti. Também foram presos Gianfranco Scanrello, produtor de programas infantis de TV e marido de Patricia; a inspetora Cristina Lunerti, e um sexto suspeito não identificado, funcionário de um posto de gasolina.

Depois de ficar sabendo do caso, a população de Rignano Flaminio, cidade com 7 mil habitantes, se dividiu. Uma mãe de aluno que não quis se identificar teme que seu filho também possa ter sido vitimado na escola pelos abusos do grupo. “Caso isso tenha ocorrido, quero que todos paguem pelo que fizeram”, afirmou. Já a mãe de uma estudante menor resiste em acreditar que as professoras tenham abusado sexualmente das crianças.

‘Estamos aliviados’

“Há muitos anos tenho meus filhos na escola. Nunca houve problemas com qualquer um”, afirmou ela ao jornal La Repubblica.

A Associação de Pais de Rignano Flaminio se disse “aliviada”. “Foi colocado um ponto final no drama. No início das denúncias, alguns diziam que os pais estavam inventando a história, mentindo, e que não havia provas dos abusos”, disse uma das coordenadoras da entidade, que congrega cerca de 100 pais de alunos do colégio.
(Reportagem do Jornal Estadão)